Falar do Serviço Nacional de Saúde, é falar de um serviço público de referência que ganhou legitimamente um lugar no coração dos portugueses. Se há serviço público que Portugal pode equiparar com o resto do mundo de "peito aberto" esse serviço é o SNS.
O SNS nasceu há 31 anos pela mão do então ministro da saúde socialista António Arnaut. Desde então a constantes evolução do serviço tem sido notável, sendo considerado por todas as instâncias internacionais um modelo de referência a nível mundial.
Recentemente, surgiu no debate político, uma proposta de revisão constitucional, lançada pelo maior partido da oposição o Partdido Social Democrata (PSD). Parece-me evidente que o Dr Pedro Passos Coelho e o PSD procuram neste momento mostrar ao país, que de facto são diferentes do Partido Socialista e ainda bem que assim é!
Teve finalmente a coragem de dar corpo a uma ideia que é legítima, a de privatizar áreas como a Saúde e a Educação. Segundo ele não quer acabar com o SNS, mas será possível que não consigam ver que, ao acabar com a universalidade e gratuitidade no acesso, o fim do SNS será uma natural realidade?
Dizem os que defendem esta proposta que os mais pobres teriam acesso gratuito e todos os outros pagarias no SNS ou em alternativa saem do SNS e vão para o sector privado! Ora isto é INTOLERÁVEL!
Intolerável porque aumentaria brutalmente o sentimento de exclusão social dos mais desfavorecidos, o que geraria um clima constante de "mau estar" nos hospitais portugueses.
Intolerável porque numa democracia moderna, uma medida deste tipo é um ataque indelével ao estado social e à sua organização.
Dizem também que o SNS não é sustentável, que a despesa está descontrolada, quando a verdade é que segundo os estudos da OCDE, Portugal nos últimos 10 anos aumentos em apenas 2% a sua despesa com saúde, quando a média dos países da OCDE aumentou 8%!
Muito mais haverá para dizer, mas deixemos isso para a zona de comentários, uma vez que este é um tema que diz respeito a todos e deve ser debatido de forma plural e não monocórdica!
Participem neste debate e deixem as vossas ideias e opiniões!
Cumprimentos, Alexandre Lote